Palavras do poeta

Na tela de um computador
As palavras saem sem sentido.
Busco encontrar a essência
Que embriaga com enlevo
As palavras medíocres
De um poeta sonhador.

Mas onde estás?
Ó beleza sutil.
Rabiscas a tela,
Colores como o arco-íris
Que pincela suas cores
No azul do céu anil.

Invades, ó cruel imaginação!
Sai da tela do computador.
Deixas a venustidade,
Fazer valer as palavras
Desse poeta que só sabe
Falar da vastidão do escrever
Para encantar e apaixonar.

Olhos de paixão

Quando eu te vi
não pensei que fosse sentir
na pele e na alma,
um sentimento puro assim.
Dilacerou meu coração.
Fez meu corpo estremecer,
os olhos que falam de paixão.

Os teus olhos  falam mais que tudo.
Era loucura, fantasia, êxtase.
Quanto tempo vou ter que esperar?
Pra ouvir da tua boca
O quanto é bom te amar!

Quando te olhei não percebi
que teus olhos me olhavam...
Era mistério o brilho do teu olhar.
Tua boca silenciava
o que teus olhos denunciavam.
Nosso amor iria se eternizar.


        

Os traços de um artista

Na delicadeza dos gestos,

O artista com seu pincel

Na aquarela do seu mundo

Começa seus traços desenhar.

Na leveza de suas mãos,

Uma bailarina ele começa a pintar.

No alongar do seu pincel,

A bailarina faz um demi plié.

O corpo em leves passos no passé.

No grand car em pleno ar,

No sissone somente a melodia

Faz a bailarina saltar...

Para frente “en avant”,

Para trás “en arrière”,

No mesmo compasso

Faz ele com seu pincel.

E assim o artista,

Na beleza de sua obra,
Entre cores secundárias...

Encantos mil!

Nos  olhos de uma menina
Um sonho de um dia,

Uma bailarina se tornar.

Da pintura uma realidade,

É nos traços do artista

Que o sonho se realiza.

Para:  Nicandro Dias, um artista e tanto!

Aprendi...

Perdi meu tempo valorizando
Alguém que não soube
Me dar amor.
Quanta ilusão!
Acreditar em palavras bonitas
Vazias de coração.
Hoje sou mais eu!
Aprendi a me valorizar.
No jogo da sedução,
Você é carta fora
Ah, você quer voltar?
Arrependido, implorando perdão?
Sinto muito, não há o que perdoar.
Não entenda mal,
Eu apenas abri os olhos
Cai na real.
Quem não quer mais sou eu.
Amanhã você vai saber,
Sentir na pele o que é..
Ganhar e perder.

Vem ficar comigo

Não sei o que acontece
Quando te vejo
Fico ofegante
Não consigo raciocinar.
Todos já percebem
Que você mexe com meu ser.


Quero ter você
Não sei mais disfarçar.
Está difícil me controlar
Meus olhos denunciam
O desejo por você,
Que quer  te seduzir, te amar.


Quanto tempo mais
Tenho que esperar?
Pra te dizer
Que há muito tempo
Estou fascinado em você?


Razão da minha vida,
Luz que embriaga meus olhos.
Vem ser meu, todo meu,
Vem ficar comigo,
Que eu serei a tua lua,
Eternamente, só sua.

Volta amor

Amanheceu e o sol
Ainda não brilhou.
Aos poucos vejo  meu amor
Em seu corpo seminu,
Quase enlouqueço de prazer
Tão bela imagem que se  desfaz
Na distancia se vai.


Volta amor para os meus braços
Que eu te quero assim
Insinuante, louca de desejos
Se jogando só pra mim.


Meu amor se vestiu
Fechou a porta e saiu.
Fiquei na saudade
Da lembrança dos teus carinhos.
Daquela noite de amor.
Volta, quero te envolver
Em meus braços te amar.

Contigo

Olho para o horizonte
Vejo teu semblante
Sorriso radiante no brilho do luar.
É a ansiedade querendo te encontrar.

Ao teu lado tudo é azul.
O infinito é pequeno
Não se compara com tua alma
Linda e singular.

A brisa do mar
traz o suave perfume
A fragância do teu corpo
Que me faz  desnortear.

A magia está no ar.
Tua presença irradia
O brilho do meu olhar
E a leveza do meu caminhar.

Entre palavras...

Entre palavras e a emoção
Acendia o encanto da paixão.
No brilho de um olhar,
Singelo e singular
Uma emoção explodia,
Entre palavras, sem nada falar.

Entre palavras, o desejo
balbuciava silenciosamente
Sussurrava ao ouvido
Uma delicada canção de amor.
Entre palavras, sem perceber,
O amor nos invadia.

Entre palavras a emoção
Surgia num brilho de um olhar.
Palpitava meu coração de alegria,
Entre palavras, sorrisos e gestos,
O amor tão esperado acontecia.

Quero ser...

Quero ser o mistério da lua,
Em suas fases, deslumbrar
Cada uma com seu encanto.
E assim te enfeitiçar.


Quero ser o nascer do sol,
Para irradiar o teu dia,
O arco-íris embelezar
A delicadeza do teu caminhar.

Quero ser o momento 
Que invade teu desejo
Aluciando teu maior pecado,
Que emancipa teu pensamento. 

Quero ser a alegria
Do  teu sorriso fulgurante
A lágrima que rola de felicidade
No teu rosto iriante. 

Vida

Vida! Quão bela és tu!
Quanta alegria há
No sorriso de uma criança,
Na inocência da juventude,
No idoso sua virtude.


Vida! Gerada de um ato.
Mágico, extraordinário,
Único, a dois, sem igual.
No gesto de amor,
Tão sublime e encantador.

Plenitude do viver.
O universo conspira
Na intenção de fazer valer
A beleza da vida,
De tão somente viver!

A vida é uma preciosidade.
Cada segundo, respirar.
É magnânimo viver,
Valorizar cada minuto
Que a vida pode nos ofertar.

Memórias...

Recordações....
Vidas passadas.
Amores que se foram,
Paixões  distorcidas.

Memorial de lembranças.
Momentos nostalgicos.
De uma vida inteira
Que se deixou passar.

Sentimento árduo
De um amor intenso.
O vento se encarregou de levar,
O que o tempo conquistou.

Memórias, lembranças...
Amor, paixão, sentimento.
O tempo e o vento mera citação,
De uma realidade que nunca existira.

Dor da saudade

Amanheceu...
Neblinas, tempo frio.
O brilho do sol se esconde,
E com ele a saudade de você.

Paira um nevoeiro
Em meu coração.
Alastrou uma tempestade
Desnorteando minha emoção.

As horas se passam.
A angústia e a ausência
São companhias da dor,
Da saudade que ficou.

No instante inopino
A esperança  renasce,
Nesse coração plangente,
A dor que deveras sente.

O olhar...

No fascínio, a ternura.
Transparecia como água cristalina,
Banha minha áurea,
Molha meu desejo ardente
No mergulho do teu olhar.

Sutilmente, despiste-me.
Com doçura e destreza
A nudez se via no teu olhar.
Ondas que dançam no mar
Era meu corpo no auge de te tocar.

Tua boca em gestos balbuciava,
Os pensamentos obscenos.
Exalava em êxtase, nudez total.
Era  loucura, desejos insanos,
Quando os olhos se cruzavam.

Sonho...

Estava em teus braços

Nos lençóis, desejo ardente,

Na delicia dessa saliência,

Perdi-me no teu corpo alienante.

Ah! Incontrolável libido!

Que estremece meu ego

Dilacera meu instinto feminino

Sem pudor, sem juízo.

O mais raro das delícias,

Vinho tinto, favo de mel.

Tua boca suave veneno,

Martiriza-me com  sussurros,

Com doçura, leva-me ao céu. 

Doce loucura!

A paixão consumia.

A realidade nua e crua

Feriu-me a tristeza

Era tudo sonho, acordei!

Coração solitário

Eta, coração solitário!
Perambulas pelo vasto mundo,
Caminhas pelos trilhos da vida
E nada de tua alma gêmea encontrar.

Tu viste noites cair
Na escuridão do luar.
O brilho das estrelas se apagaram
E tua metade continuas a procurar.

Não desistas coração!
Vai atrás do teu bem querer,
No instante do momento,
Ele pode aparecer.

Eta, coração solitário!
Percorres seu caminhar.
Ininterrupto na busca
De um amor encontrar.

Noites a fora...

Noites a fora...
No meio do caminho,
Nas calçadas, a multidão.
Carros, alegria, paredão.
Sons que alegra o coração.

Quanto entusiasmo!
No bar, no restaurante,
Pessoas soltam  a emoção.
Alegria contagiante
Ao som do Nova Cor.

Noites frias, quentes,
Agradáveis companhias.
Amigos, conhecidos ou não.
No teclado, a sintonia
Que balbucia sem pronunciar.

A melodia cantada,
Numa interpretação
Bela, única, singular.
Faz resplandecer
Como o brilho do luar.

Musical Nova Cor
Reluz alegria e magia
No rosto encantado da plateia
Que irradia a sensação,
De uma noite abnoitar.

No teu corpo...

No teu corpo...
Tenho alucinações de amor,
Deliríos constantes.
Nas fantasias eróticas,
Sede dos amantes.

No teu corpo...
Minhas mãos passeiam,
Enlouqueço de prazer,
Sinto queimar a pele,
Meu corpo estremecer.

No teu corpo...
Desejo insaciável.
Na pele a sensibilidade.
Tua boca quente e molhada,
Sinto a paixão aflorada.

No teu corpo...
Alta temperatura,
Libido incontrolável,
Borbulhas de amor
Quando corpos se entrelaçam.

Vaidade...

No percurso da vida
Um botão desabrocha.
Suas pétalas salientes
No orvalho  da flor.

A sutileza da pele
Exala seu perfume.
E no jardim da vida,
A vaidade se engrandece.

A flor de outrora,
Doce, rígida, agora se desfaz.
Pele sensível, pálida, enrugada...
Marcas que o tempo traz.

As linhas se acentuam.
Vê-se a beleza de suas luas,
Não mais como antes,
Agora então,  amadurecida.

O tempo leva...
Sonhos, tristezas, alegrias.
Deixa marcas belas
Que a própria natureza revela.

Lúcidos  momentos,
Flor em pétalas caindo.
A vaidade prevalece.
O espelho reluz a beleza
Do rosto envelhecido da flor.

Na aparência os traços e linhas
Beleza sem igual,
Que fixa no teu exterior.
Etapas da vida, seja como for
O belo está no teu interior.

Palavras de um olhar

Palavras soltas no ar
Pensamentos volúveis
Vazam entre as cabeças
Como nuvem sobre a multidão.

Vastos são os pensamentos
Medíocres os sentimentos
Das palavras meliantes
Significantes ou não...

Quão doce seria o pensar!
Das palavras o estrondo impactante
Na multidão saliente
Floresce a meiguice das palavras de um olhar.

Náufrago coração

No naufrágio do coração
Ilusões, paixões e sentimentos
São levados pelas águas correntes
Como rio que deságua no mar
E mistura-se no silêncio de uma revoada.

Confusão e dúvidas pairam no ar
Quanta incerteza gera o coração.
Na plenitude do infinito
Tempo de dor e indecisão
Perde-se no náufrago, a emoção.

Ah! Coração...
Se soubesses nadar!
Mergulharia na paixão avassaladora
No carinho do aconchego, se banharia
E encontraria o amor em sua simetria.






.

Meu averso

O averso do meu eu
É um ser estranho
Bulina e mexe
Como vulcão  em erupção
Se zanga, se enfurece
No momento relutante,
 Logo então, adormece.

O averso do meu eu
É impaciente...
Muitas vezes intransigente
Agita-se como mar revolto
Mas numa calmaria,
De um noite de verão
Numa leve brisa silencia.

Esse meu averso
Faz a ilusão
Um desvario total
Vira sonho, a  realidade.
Do instante, o momento
Esse outro lado meu
É Insano, quem sabe profano?

Inspiração

Não consigo escrever
Falar da beleza e do glamour
Da paixão que incendeia
Do  ardor que invade o peito.

Onde andas?
Tu que enches meu ego
Que transformas meu ser
Que contagias minha alma...

Estou sem rumo
Sem horizonte
Minhas mãos paralisaram
As palavras sumiram...

Minha musa, meu céu...
Relva do meu alvorecer
Diz-me onde andas?
Não existo sem você.

Raio de sol
Onde te encontrar?
Preciso da tua sensibilidade
Para minha  inspiração voltar.

Quisera...

Quisera  mergulhar
No infinito da tua alma
Saborear o néctar do teu querer
Desvendar mistérios...
Escondidos no íntimo do teu ser.

Quisera ouvir sussurros
Delírios torturantes...
Insaciáveis desejos inóspito
Destilar teus segredos
compactuar tua alma.

Quisera invadir teu ser
Com o brilho da tua áurea
Conhecer encantos, fascínios, decepções.
Em outra vida passada
Quem sabe, tua amada?!

Quisera ser tua alma gêmea
Partilhando sonhos, desejos
No espaço sideral
Com a mesma emoção.
Ah! Quanta paixão!!

Magia no olhar

Nas meninas dos teus olhos
Um feitiço momentâneo
Reluzia alegria
Vi um brilho diferente.

Inigualável e insinuante
Tão sublime! Olhar penetrante.
Quão doce magia...
É o encontro desse olhar.

Tens a leveza da brisa
O belo do mar
Numa noite serena
A conquista no olhar.

Ao som das ondas
O barulho envolvente.
Um frio na pele
De sentir teus olhos nos meus.

Rondônia, verdes matas!

Louro verde do meu Brasil
Banhado pelas águas barrentas
Madeirais em águas correntes
Rios, lagos, cachoeiras, igarapés.

Povo místico rondoniense
Negros, índios, brancos e mulatos
Pluralidade de cultura  singular.
Acolhedor no modo de viver.

Território, descoberta sem igual!
Pioneiros, seringueiros da borracha
Desbravando matas, floresta à dentro.
Trilhando caminhos: Ferrovia Madeira Mamoré.

No encontro das águas...
Rios, curvas, troncos fluviais.
De riquezas naturais nos quatros cantos do país,
Rondônia é mata verde, é céu azul, é encanto natural!!!

Desejos ardentes

No teu corpo varonil
Uma chama ardente
Penetra  meu corpo,
Com tuas mãos salientes
Que queima e inflama
Meu instinto mulher...

Insinuas meu  desejo..
Em delírios meu ego feminino
Quer sentir teu pulsar
Molhar teus lábios
Salivar na vontade de amar.

Em chamas derrete meu prazer
Tão somente querer te ter
Desvendar teu côncavo
Mergulhar no teu convexo
E nos deliciar na chama dessa paixão.

Beija-flor

Com um toque sutil
Da natureza
Encantos mil...
Vives o beija-flor
Seu néctar a procurar.

De flor em flor
Em belos voos flutuantes
Com seu bico fino e alongado
Beija, beija-flor
Vem seu néctar sugar.

De pétalas abertas
Na delicadeza da flor
Cheiro de jasmin
Vens beija-flor...
Tua flor enamorar.

Amor singular
Exala teu aroma
Beija e flor
És tão encantador
Sou tua flor, beija-flor.


Elisete Loiola
13-01-2013

És tu, mulher!

Como rio de águas claras
Que corre entre pedras,
Transparente e cristalina
Era tua palavra:
Dura, severa, meiga, sincera.
Não machucava.
Falava do amor e do perdão.
Nas entrelinhas do enredo,
Traduzia uma lição de viver.

És tu, mulher! Brava gente!
Forte, guerreira, destemida,
Frágil, doce, amiga.
Carmen, Freira, Irmã.
Conquistaste teu espaço na lida,
Dádiva de Deus.
Teu semblante irradia
A força da tua coragem
Nessa paz interior.

Com um sorriso no olhar
Deixaste transparecer
Tua esperança, tua ansiedade.
A inspiração do teu ego,
Marcelo Cândia.
Viste nascer,
Teu sonho, realidade, teu ser.
É teu mundo dividido,
Um sonho realizado.


Para: Irmã Carmen Baseggio
Elisete Loiola  12-01-2013